quinta-feira, 9 de julho de 2009

A Morte de um Presidente


Autor: ANDRACI

Primeiro peço licença
Ao Congresso brasileiro.
Para descrever em versos
Com o meu guia mensageiro,
A morte de um Presidente.
Que abalou o mundo inteiro.

Na véspera de sua posse
Nosso chefe da Nação,
Era levado às pressas
Para uma operação,
E parece que já estava
Com uma infecção.

Lá no Hospital de Base
Foi a sua internação,
Podem crer que na primeira
E na segunda operação,
Os médicos fizeram tudo
Para sua salvação.

E de lá foi transportado
Em um moderno avião,
E logo chegava a São Paulo
Nosso chefe da Nação
Para tristeza de todos,
Na pior situação.

Em poucos minutos chegava
No Instituto do Coração,
E toda equipe médica
Já estava de plantão
Cada um mais apressado,
A cumprir sua missão.

Feito os primeiros exames,
Nesta hora de aflição
Todo o seu organismo
Já saem recuperação,
E as batidas da morte
Rondavam seu coração.

E assim mesmo ele foi
Operado novamente,
Um foco infeccioso
Lhe apareceu de repente,
E as malditas bactérias
O deixaram mais doente.

E todos os brasileiros
Na mais perfeita união
Rezavam pedindo a Deus,
A sua recuperação;
E só estava melhorando,
Para outra operação.

Para a quinta operação
Recebeu a anestesia,
E tinha o semblante do filho
Da Santa Virgem Maria,
Quando era meia noite
Começava a cirurgia.

Às seis horas da manhã
Já tinha sido operado,
E às quatro horas da tarde
Já estava acordado,
Como quem estava vendo
Jesus Cristo ao seu lado.

O Brasil todo rezava
Nesta hora amargurada,
E as promessas que fizeram
Não adiantaram nada;
E reza não adianta
Quando a hora está chegada.

Quando o porta-voz chegava
Para nos dar informação,
Se notava muito nele
Uma preocupação,
Parecendo que o caso
Não tinha mais solução.

E artificialmente,
Ele estava vivendo
Com os aparelhos ligados,
E seu coração batendo
E as pancadas da morte,
A cada instante aparecendo.

Nosso vice-presidente
Chorava de comoção,
Rezava e pedia a Deus
De todo seu coração;
Para salvar o nosso chefe,
Símbolo da nossa Nação!

Um irmão clamava: Ó Deus!
Nada podemos fazer,
Dê saúde ao meu irmão
Se é de vosso querer,
Ou o descanso para ele
Chega de tanto sofrer.

E a dona Risoleta
Estava tão abatida,
Ela clamava e chorava
E rezava em seguida;
E parecia até
Que já era a despedida.

Sua filhinha querida
Chorava dizendo assim,
Só um milagre de Deus
Daquele alto sem fim,
Que o sofrer de meu pai
Já está chegando ao fim.

Seu estado muito grave
Todos sabem, estava à vista,
E pediram a presença
De um grande especialista;
Quando viu o seu estado,
Ficou logo pessimista.

E falou aos seus colegas;
Chegou o ponto final,
Nosso irmão está vivendo
A vida artificial;
Desliguem os aparelhos,
Chegou a hora final.

E assim que desligaram
O espírito fez partida,
Deixando muitas saudades
Nesta Pátria tão querida,
E é nosso Presidente
Do outro lado da vida.

Logo chegava o seu corpo
No Distrito Federal,
Em poucos minutos estava
No Congresso Nacional;
E nosso vice-presidente
Em tudo foi pontual.

Até mesmo os seus ministros
Nesta hora terminal,
Rezavam com muita calma
Cada um mais fraternal,
Fora embora nosso chefe
Para vida espiritual.

Nosso vice-presidente
De sentimento chorou,
Deus é Pai, está presente,
Foi o que ele falou;
Vamos plantar a semente
Que o Presidente deixou.

E depois foi transladado
Para a capital mineira,
Lá houve um grande tumulto
E foi a maior quebradeira,
Cinco mortos e cem feridos,
Parece até brincadeira.

As altas autoridades
No Palácio da Liberdade,
Rezavam e pediam a Deus
Lá da Santa Eternidade,
Trabalho, amor e progresso,
Saúde e tranquilidade.

E choravam pela perda
De um patriota irmão,
Aquele que iria ser
Grande chefe da nação,
Deixou a nova República
Que é nossa proteção.

E seu corpo logo chegava
Em sua terra natal,
Os nossos irmãos choravam
Com muito amor fraternal,
E depois todos cantavam
O Hino Nacional.

São João Del-Rei, a querida
Cidade em que ele nasceu,
Lá fez boas amizades,
E com todos conviveu;
Ainda a cidade chora,
Pelo filho que perdeu.

Em vida ele falava
A todos seus companheiros,
Queremos compreensão
Dos nossos irmãos estrangeiros;
Não se paga dívida externa,
Com a fome dos brasileiros.

Dona Risoleta Neves,
Mulher de coragem e fé,
Venceu tudo com amor
E hoje está em pé;
A dama da Nova República,
Já sabemos que ela é.

Creio que daqui para frente
Tudo irá melhorar,
Para aquele que trabalha
Nada há de lhe faltar;
Que trabalho é progresso,
E vamos todos trabalhar.

Quem não quiser trabalhar
Vai viver no sofrimento,
Comendo resto dos outros
E dormindo ao relento;
E até que é enquadrado
Dentro do regulamento.

Aqueles que são corruptos
Um dia vão ser punidos;
O que é de Deus tem olhos,
Tem nariz e tem ouvidos;
E os crimes são descobertos,
Por mais que sejam esquecidos.

Se você cair abismo
Quem é que vai te tirar?
Depois que a cobra morder
Não adianta chorar!
Porque o veneno dela,
É capaz de lhe matar.

Vamos todos trabalhar
Nesta terra abençoada,
Apesar que o salário
É uma quantia minguada;
O pouco com Deus é muito,
E o muito sem Deus é nada.

Quero avisar aos leitores
Que este mundo logo encerra;
Só se vê perversidade
Aqui na face da Terra,
Maldade e desunião,
Greve, fome, choro e guerra.

Ninguém queira fazer greve
Que a guerra está à vista,
Trabalhe com paciência,
E seja mais otimista;
Este é o meu conselho
A toda classe grevista.

Na vida de quem trabalha
Tem seus momentos de dor,
Nunca fui nem serei contra
A quem é trabalhador;
Greve só traz prejuízo,
Seja da forma que for.

Aquele que tem amor
Não carrega o pessimismo,
Trabalha com esperança
E vive com otimismo;
E cada um que se cuide,
Para não cair no abismo.

Cuidado! Muito cuidado,
Para não perder o sossego,
E ficar dormindo na rua
Sem dinheiro e sem emprego,
Passando fome e miséria,
Vivendo como morcego.

Se você não carregar
A lei da fraternidade,
Nunca poderá entrar,
No caminho da verdade;
E não serás perdoado
Lá da Santa Eternidade.

Jesus que sofreu no mundo
Para receber a Glória,
E cada um tem que sofrer,
Pois faz parte da história;
Quem trabalha com amor,
Um dia tem a vitória.

Em toda parte do mundo
Nosso Deus está presente,
Se o espírito está manchado
É que o corpo está doente;
E ninguém irá a ELE.
Com o pecado na frente.

Lá da Santa Eternidade
O seu Filho está me ouvindo,
Em nome de sua Mãe
Seu amor seja benvindo;
Para aqueles infelizes
Que ainda estão dormindo.

Cada um peça perdão
Ao Pai Celestial,
Quem errou não erre mais
Para não perder a moral;
Que a verdadeira vida,
É a espiritual.

Estamos chegando ao fim
E não adianta chorar,
Aqui na face da Terra
Tudo vai se acabar;
E cada um se prepare
Que nosso irmão vai chegar.

O sol perde seu clarão
O mundo vai escurecer,
Acredite quem quiser
Tudo vai acontecer;
Com as rajadas de fogo,
Que do Céu irão descer.

A gramática é a vida
Nesta metrificação,
Deste artista poeta:
Retrato da profissão;
A deusa da poesia
Com sua sabedoria,
Inspira meu coração.

FIM

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